Mais um brilhante comentário que recebi na minha postagem Que Fim Levou Nossa Compaixão?, trazendo um ângulo totalmente novo. Agora é a vez da minha amiga Mary Miranda do Blog Fatos de Fato. Você concordou com a minha postagem? Pois é, nem ela...
COMENTÁRIO DA MARY
Oi, Denize!
Olha, compaixão é algo excepcional, mas sabe o q leva muitas pessoas a não perdoarem a falha do semelhante? É quando esse semelhante NÃO ADMITE QUE ERROU!
Perdoar é divino, mas o "réu" não colabora...
Quando eu cometo falhas q sei q irritaram além da conta alguma pessoa, eu passo dia e noite chorando e pedindo a Deus q me ilumine p/ q eu encontre as palavras certas p/ q a "vítima" do meu erro me perdoe, jamais deixo q alguém fique muito tempo magoado comigo.
Porém, vejo gente cínica q erra feio comigo e pede desculpinha rápida e nem se esforça em arrumar um jeito decente p/ q eu possa perdoá-la, me trata como se eu fosse uma pessoa qualquer, tipo: "Se me perdoar, perdoou, se não perdoar, que se dane!"
Errar é humano até onde vai o erro comum concernente do ser pensante.
Onde há cinismo, ironia, egoísmo, aí já vira falha grave de caráter.
É como disse uma professora:
"Só existem tantos erros, porque inventarem a palavra "Desculpe", q é pequena e fácil de pronunciar".
O verdadeiro pedido de desculpas vem dos atos, da decência no caráter e do esforço real daquela pessoa em querer ser perdoado pelo seu próximo!
Desculpe ter me estendido, é porque o seu post é muiiiiiiito bom! Eu me empolguei!...
Parabéns!
Bjs,
Mary.
MINHA RESPOSTA
Mary, minha querida amiga!
Que enfoque interessante você trouxe aqui!
Reconheço a razão das suas colocações. Tem cada réu rebelde neste mundo...
Mas então fiquei aqui pensando...
Por que as pessoas agem dessa forma?
Penso que é porque é muito difícil para muitos de nós reconhecer seus próprios erros. Há que se ter muita humildade e coragem para fazer isso. Temos uma tendência de nos mostrarmos para as pessoas com uma imagem melhorada do que realmente somos.
Pensamos que se nos mostrarmos de uma maneira sincera e verdadeira e expormos nossos defeitos, as pessoas perderão o carinho e a admiração que sentem por nós.
Ainda não descobrimos que o afeto sincero que conquistamos transcende ao fato de que todos temos nossas falhas e dificuldades. Por outro lado, podemos talvez imaginar que as pessoas usarão nossas fragilidades contra nós (e infelizmente algumas vezes isso acontece mesmo).
Pensamos que se nos mostrarmos de uma maneira sincera e verdadeira e expormos nossos defeitos, as pessoas perderão o carinho e a admiração que sentem por nós.
Ainda não descobrimos que o afeto sincero que conquistamos transcende ao fato de que todos temos nossas falhas e dificuldades. Por outro lado, podemos talvez imaginar que as pessoas usarão nossas fragilidades contra nós (e infelizmente algumas vezes isso acontece mesmo).
Penso também, que às vezes não nos damos conta dos erros, ou levamos muito tempo para que isso aconteça. Temos trajetórias diferentes e visões diferentes sobre as coisas.
Como eu disse para a Luísa eu mesma já me equivoquei tantas vezes e até fiquei triste com algumas pessoas me sentindo injustiçada, até me dar conta que o erro era meu.
Como eu disse para a Luísa eu mesma já me equivoquei tantas vezes e até fiquei triste com algumas pessoas me sentindo injustiçada, até me dar conta que o erro era meu.
De qualquer forma, eu atribuo essa dificudade de assumir os próprios atos, revê-los e tentar consertá-los, a uma boa dose de imaturidade aliada a um senso de defesa muito forte. As coisas que você colocou como cinismo, ironia, egoísmo, são muitas vezes máscaras que utilizamos para preservar nossa auto-estima.
Exercitar nossa compaixão com pessoas que se apresentam como donas da verdade é quase impossível, porque este tipo de comportamento é muito irritante, sou obrigada a reconhecer. Também não consigo.
Mas quanto mais difícil se apresenta uma pessoa e mais mergulhada na ilusão, mais digna de compaixão ela me parece ser. E como trago comigo tantas dificuldades a serem superadas, retorno a mesma pergunta: Quem sou eu para julgar alguém?
Mas quanto mais difícil se apresenta uma pessoa e mais mergulhada na ilusão, mais digna de compaixão ela me parece ser. E como trago comigo tantas dificuldades a serem superadas, retorno a mesma pergunta: Quem sou eu para julgar alguém?
Obrigada Mary, por também vir trazer um novo e complementar ângulo para a minha singela postagem.
O assunto ficou bem mais abrangente e pude perceber muitas coisas que não tinham sequer me ocorrido quando fiz este texto, graças aos comentários inteligentes e oportunos que os amigos trouxeram aqui. Sempre acho suas colocações maravilhosas, Mary.
Bjs e muita Saúde e Paz para você, neste ano que inicia.
Denize
O grande mistério, saber reconhecer os próprios erros.
ResponderExcluirAbraços forte
Olá amiga Denize!
ResponderExcluirMuito interessante a conversa. Apenas gostaria de complementar que muitas vezes, ao nos depararmos com posições contrárias as nossas, assumimos que a outra pessoa se acha "dona da verdade". O que realmente é irritante.
Porém, muitas vezes, o "problema" vem da nossa necessidade de impor a "nossa verdade" em vez de fazer a pessoa explicar a "verdade dela" e tentar entender.
Quanto a pergunta: "Quem sou eu para julgar alguém?". Creio que todo mundo que tem a capacidade de pensar forma opiniões, e isto não quer dizer que esta opinião é a "verdade". O maior problema está sim em quem não pensa, apenas ouve e toma aquilo como uma verdade absoluta. :-)
Agora termino dizendo que o fato de se ter uma opinião não retira o fato de ter e agir com compaixão e perdoar. ;-)
Beijo no coração, Fernandez.
Denize,
ResponderExcluirSe me confinar aos nossos pequenos pecados do dia a dia (rsrsrsrs) e ao respectivo perdão, penso que é muito pertinente o comentário da Mary. Por vezes o "réu", para além de não admitir claramente o erro, muitas vezes torna-se arrogante e inconveniente. Assim não há condições!... rs
Beijocas
Luísa
Todo mundo que tem uma opinião sobre algo pensa que ela tem razão. Se não fosse assim, ninguém teria razão formada sobre nada. Temos que ser convincentes sobre o que pensamos. Consequentemente se ninguém tivesse razão formada sobre nada, o mundo não teria eovluído nada.
ResponderExcluirNão digo que temos que fechar a mente para o que os outros dizem, mas sim sermos convincentes sobre o que somos e pensamos
É dificil, para não dizer impossível, perdoar pessoas que não admitem suas falhas. Contudo, é preciso considerar que esta pessoa realmente não sabe que errou.
ResponderExcluirÓtima análise.
Um forte abraço!
Oi querida Denize,saber perdoar é um dom, ao menso perdoar realmente, de coração, não da boca pra fora, como muitos fazem e na primeira oportunidade jogar na cara a situação. Eu sou o tipo de pessoa que as vezes penso 10 vezes antes de falar algo, mas quando me irritam se a raiva sobressairai ferra.. falo o que vir a boca e sai de baixo. A diferença é que quando erro sou a primeira a me redimir e pedir desculpas e não sou de guardar mágoa por muito tempo, nisso muitos se aproveitam sabe.
ResponderExcluirExceelnte post e reflexões.
Beijos no coração
Márcia Canêdo