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8 de julho de 2010

Marcas no Coração: Você Também Tem as Suas?

Qual de nós, depois que já avançou algumas primaveras, pode dizer que saiu ileso das experiências vividas? Muitas vezes passamos por situações que mexem vivamente com nossa sensibilidade e deixam em nós suas marcas. O tempo passa, suaviza, alivia, entorpece.  Mas quantas vezes uma única palavra, frase ou até mesmo uma simples melodia, traz automaticamente a nossa mente sentimentos que pareciam esquecidos e enterrados pelas areias do tempo?

Alguns posts que leio também têm este poder de reavivar lembranças. Este texto que inspirou estas singelas linhas é um exemplo. Simplesmente tocante. Não deixe de ler, o link está abaixo. Segue o comentário:


Oi Sérgio, um texto belo e profundo esse seu, amigo.

Estive lendo os comentários e vi que ele toca a todos de diferentes formas, de acordo com a vivência e principalmente, o momento de de cada um.

Enquanto lia, não sei porque me veio à mente um trecho de uma música que ouvi cantada pela Elis:

"E o sentimento mais leve,

Rola no ar e descreve

A eterna cicatriz...

Mais uma vez, mais de uma vez,

Quase que fui feliz..."

Seu texto fala brilhantemente das nossas marcas que a vida se encarrega de "desenhar" nos nossos corações, e o tempo traz o vento que por sua vez, se encarrega de escondê-las e aliviar nosso espírito conturbado no fogo das batalhas cotidianas.

Mas quer saber? Gosto das minhas marcas. Elas representam cada momento inesquecível de felicidade ou de tristeza, de vitórias pessoais ou derrotas clamorosas, de instantes de ódio sem sentido e instantes encantados onde a magia do amor se fez presente.

Elas fazem parte da minha história e consequentemente fazem parte do que eu sou hoje. Simbolizam as minhas quedas e as superações e me segredam que minha passagem por aqui não tem sido em vão.

Acho que só não traz marcas quem interage apenas superficialmente com o mundo que o cerca.

O problema para mim não são as marcas, mas a forma como lidamos com elas.

Se você carrega marcas de ódio e se torna odioso. Se carrega marcas de dor e se torna indiferente. Se carrega marcas de tristeza e se torna infeliz. Nesses casos sim, temos problemas.

Penso que alguns eventos da nossa vida jamais serão esquecidos. Mas não podemos permitir que eles influenciem o momento que estamos vivendo no aqui e agora.

Não acho por exemplo, que o perdão exija esquecimento. O verdadeiro perdão para mim significa que mesmo lembrando a dor que alguém me causou, consigo arriscar e confiar de novo. Isso é mais que perdão, é a compreensão que todos temos falhas e precisamos de novas oportunidades.

Este é o verdadeiro desafio. Não deixar que as marcas nos paralisem e nos impeçam de seguir adiante, com a confiança renovada na vida e no ser humano.

Adorei seu post e me alonguei, como você pode ver...

Grande Abraço

Denize

Post a que se refere o Comentário: O tempo leva tudo
Blog do Autor: Blog do Sérgio
Autor: Sérgio Soares

12 comentários:

  1. Olá Denize,
    Não consigo gostar ou me conformar com algumas marcas que o tempo me trouxe e que com toda ventania, furacão, que por mim passou, não foi possível apagá-las. Meu texto é mais uma esperança de que a sabedoria do tempo possa me ensinar a conviver com essas marcas e definitivamente, apagá-las. Uma esperança de que o tempo leva tudo. Leva convicções, erros, o que não gostamos e, principalmente, o que amamos. Mas concodo com você de que não podemos permitir que essas marcas influenciem o momento que estamos vivendo no aqui e agora.
    Para mim, que o tempo leve tudo. Não deixe nada!

    Um forte e carinhoso abraço!

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  2. Amiga, super querida, saudades...
    O seu blog está lindíssimo. Está na cor da vida e da esperança.

    Gostei muito de sua sábia resposta ao Sergio. Perfeita. Eu responderia de maneira parecida.

    Beijos

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  3. Olá Denize!
    Olha só que coisa interessante... sou fã das postagens do Sérgio e esta, casualmente, não tinha lido, pois ele a publicou bem em um período que estive afastado. Adorei a dica.
    Quanto ao comentário, creio que as marcas traçadas em nossa vida (sejam boas e ruins) servem como uma bússola para a formação de nosso caráter. Mas, na minha experiência de vida, acredito que não devemos nos prender a estas marcas, mas sim usá-las de aprendizado e crescimento pessoal. E nunca como um escudo impenetrável das novas situações da vida. ;-)
    Beijos, Fernandez.

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  4. Oi Sérgio, que bom poder debater com você sobre este pungente tema sobre o qual você escreveu maravilhosamente bem, com seu talento de sempre. É uma honra receber o Autor do texto que comentei neste meu singelo blog.

    E amigo, entendo perfeitamente seu desejo que algumas marcas que carregamos desapareçam completamente, mas parece que é praticamente impossível encontrar borracha para isso.

    Quando olho para trás e vejo os erros que já cometi, muitas vezes como você, gostaria que sumissem num passe de mágica. Mas depois reflito que aconteceram por desconhecimento e imaturidade e embora alguns já estejam completamente esquecidos outros permanecem, atuando como um alerta para evitar novas recaídas a que todos estamos sujeitos.

    O tempo leva o que amamos? No que se refere à materialidade você tem toda a razão. Mas o sentimento sobrevive a todos os vendavais e seguirá com a gente pela vida afora, em qualquer lugar. Pelo que percebi você acha isto ruim, mas para mim é um doce consolo repleto de suaves recordações. E não impedem que novos afetos surjam e se estabeleçam.

    Discordamos um pouquinho neste caso, amigo. Como eu disse no início, este assunto que você nos trouxe toca as pessoas de diferentes formas. Mas a minha admiração pela suas posturas e visões de vida permanece intacta e só tende a aumentar.

    Obrigada pela sua presença aqui.

    Grande Abraço

    Denize

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  5. Oi Sis, saudades também, amiga. Obrigada pelo elogio ao blog. Resolvi fazer algumas alterações para receber melhor os leitores e amigos queridos quando me honram com suas visitas.

    E agora estou começando a retomar a atividade de comentarista que você sabe que adoro. Comecei pelo blog do nosso amigo Sérgio.

    Então partilhamos a mesma visão? O que escrevi é o que penso e sinto: nossas marcas são quase medalhas e simbolizem elas tristezas ou alegrias, penso que deveríamos ter orgulho delas.Foram obtidas no calor das nossas batalhas cotidianas.

    Mas que nunca nos impeçam de olhar a vida com os olhos das crianças e possamos permanecer com o espírito aberto para novas experiências e descobertas.

    Adorei ver você aqui.

    Bjs

    Denize

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  6. Oi Fernandez,

    Que boa notícia você me trouxe! Se você chegou ao texto do Sérgio através deste meu "post comentário", o objetivo deste blog se realizou plenamente.

    A ídéia é que ele sirva de ponte para que os leitores cheguem aos blogs dos Autores dos textos que me inspiraram a escrevê-lo. Adorei saber!

    Quanto ao texto, você destacou um ponto importante. Muitas vezes, as marcas originadas de situações difíceis que tivemos que enfrentar ou mesmo de perdas dolorosas, podem realmente criar este escudo impenetrável que você definiu tão bem.

    Ah, o medo de sofrer de novo que em tantos momentos nos paralisa... Essa paralisia é que acredito que deva ser evitada com todo nosso empenho, embora reconheça a difículdade de se conseguir isso. Por isso entendo o Sérgio quando diz que o melhor seria apagar nossas marcas completamente...

    Obrigada pela presença sempre constante, amigo!

    Bjs

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  7. Querida Denize, mais uma vez vim ler seu texto, o comentario do Sergio. Estou pensando a respeito de tudo. Voce sabiamente tocou em pontos importantes e realmente cada pessoa, uma ilha, procura viver e conviver com os viés da vida.

    BEIJOS mil.

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  8. Oi Sis, sem dúvida, nossas reações são diferentes e cada um de nós elege a sua forma de lidar com a vida de uma forma geral.

    Somos o fruto das nossas trajetórias e experiências e elas influenciam nossa forma de olhar o mundo.

    Mas como disse antes, que nada disso nos impeça de aproveitar cada minuto que nos foi dado por aqui, e que passado e futuro se mantenham nos seus lugares. O primeiro não existe mais e se chama lembranças. O segundo não existe ainda e se chama sonhos. O Presente é o único que se chama Ação.

    Temos que tentar aprender com as lembranças e através das atitudes melhoradas do agora, transformar os sonhos em realizações.

    Bjs

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  9. QUE POST FANTÁSTICO!
    AMIGA DENIZE:
    Bateu uma profunda saudade e vim lhe dar um abraço especial!
    Primeiro quero lhe dizer que o seu Blog está simplesmente, magistral, leve e como sempre nos presenteando com conteúdos de relevância!
    Também eu sou um admirador do Sérgio, de quando em quando estou a visitá-lo!
    Amiga, parabenizo-a por mais um Post interativo que você nos traz, como sempre repleto de sabedoria e este é bastante reflexivo, com parágrafos que nos remetem a tantas coisas dos grandes acontecimentos da vida.
    Parabéns por mais uma excelente matéria!
    Abraços fraternos,
    LISON.

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  10. Oi Lison!

    Saudades de você também, amigo! E muitas saudades de ler "POST FANTÁSTICO" num comentário.

    Obrigada pelo elogio, mas quero te dizer que tenho visitado teu blog e ele está simplesmente maravilhoso, super profissional e com as postagens de muita qualidade que você sempre nos traz.

    Até tomei a liberdade de colocar o link aqui, para facilitar a minha vida nas visitas.

    Fiquei muito feliz com sua visita, amigo!

    Tenho tido a imensa alegria de receber amigos queridos e saudosos aqui e fico feliz demais...

    Grande Abraço

    Denize

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  11. Olá Denize,

    temos várias marcas no coração, mas não são só devidas a dor. Os bons sentimentos tbm deixam suas marcas e são que valem.

    Abr.

    Paulo

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  12. Oi Paulo, você lembrou muito bem, nosso coração não tem apenas cicatrizes, tem marcas em forma de lindas flores e que representam os momentos felizes que vivemos e os nossos melhores sentimentos.

    Grande Abraço,

    Denize

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