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21 de outubro de 2012

Comunidades Virtuais e Seus Contornos de Vida Real. Cuidado!

Este artigo não é uma divulgação, que é a proposta principal do Blog da Comentarista. Mas como este espaço tem foco em Blogs resolvi escrever aqui alguns textos que fazem questionamentos sobre a Internet de um forma geral e que possam interessar tanto aos amigos blogueiros como aos internautas que passarem por aqui

Foi o que aconteceu com estas postagens:  A Arte de Ser Desagradável - Você Também Conhece Alguém Assim?  e Os Interessantes Comentários Anônimos  que despertam bastante interesse entre os leitores, estando na lista das mais visitadas e comentadas deste blog.
 
A "bola da vez" são as Redes Sociais.

OS BLOGUEIROS

Até onde pude observar a maioria dos blogueiros utiliza as redes sociais com foco na divulgação dos seus trabalhos.

No meu caso esse é o objetivo principal. Até porque pelo que tenho notado, para que você possa ser um participante verdadeiramente atuante nessas redes, é preciso além de gostar da interação virtual dispor de tempo, o que não é o meu caso. Além dos afazeres "reais", administrar um blog não é uma tarefa rápida e consome grande parte do tempo que disponho para usar a internet.

E aí vai minha visão dessas redes. E essa visão vale para qualquer participante delas, blogueiro ou não.

AS REDES

Sem dúvida, são excelentes instrumentos de interação. Mas tenho ficado impressionada como as comunidades virtuais podem adquirir contornos de "realidade". Pessoas brigam por destaque, se xingam, se magoam, desabafam, consolam, choram e riem juntas, se visitam, conversam, fazem amizades, inimizades, namoram e algumas até casam.

Não tenho como não me questionar até que ponto isso é saudável. Eu mesma quando tenho tempo disponível e participo mais, até me assusto com minhas próprias reações nesta questão. Tem horas que me empolgo e esqueço onde estou e com quem estou "falando".

Mas sou da opinião que o virtual nunca poderá se igualar ao real, nem mesmo como paliativo na tentativa de expulsar a solidão. Ele nunca vai superar o "olho no olho", a "mão na mão", as lágrimas que molham os ombros dos amigos e não apenas o teclado frio e inanimado.

O QUE VOCÊ PRETENDE?

Pela tela é muito difícil (senão impossível) você perceber a energia que emana das pessoas, sem falar nas segundas intenções que algumas vezes o olhar expressa desmentindo as palavras, o que aliás pode servir como alerta nas relações humanas, sobretudo quando tratamos com desconhecidos.

Tudo que você tem é a interpretação do que lê e sua própria intuição, mas  já comprovei que em alguns casos ela pode falhar, inclusive na vida real.

ALGO SE PERDE... 

Você perde também o som das risadas gostosas nas reuniões festivas, o aconchego do abraço, o consolo da voz amiga nos momentos difíceis.

Não discordo de quem afirma que a Internet pode aproximar pessoas. Mas penso que ela tem que ser vista apenas como um meio e não um fim em si.

E ela deve servir para ampliar o mundo e não para reduzí-lo a um pequeno espaço delimitado por uma tela onde a gente brinca de "vida real" por horas a fio enquanto a verdadeira realidade nos escapa lá fora.

Penso também que uma maior aproximação com os amigos virtuais deve ser feita com cuidado. Os casos de pessoas crédulas que se deram mal por acreditarem em "contos de internet" volta e meia são noticiados. Sem falar nos riscos que as crianças correm. Afinal, pessoas mal-intencionadas existem em todos os lugares e com a ajuda do anonimato então...

BRIGAS?

E agora quero falar das brigas virtuais. Fala sério! Se já acho uma "insanidade" as pessoas se desentenderem na vida real quando existe uma coisa chamada diálogo que serve para aparar as arestas dos relacionamentos, discussões iradas  via teclado entre criaturas que nunca se viram e nem sequer se falaram e cujo único contato se deu por escrito chegam a beirar o absurdo.

Se você parar pra pensar, nada conhecemos dos corações com os quais teclamos. Como se sabe, nada impede que alguém com uma certa criatividade resolva interagir na internet com um personagem. Logo, sempre vai existir o risco de você se desgastar com alguém que simplesmente não existe.

Mas mesmo que existisse, acho que já chega o estresse da vida real, né?

Obviamente, penso que pessoas como essas que citei estão longe de ser a maioria. E tenho comprovado que existe gente de verdade e da melhor qualidade espalhada pela rede.

Por isso, acho que a convivência virtual pode ser bastante proveitosa se soubermos lidar com isso.

NEM TUDO SÃO ESPINHOS...

Quem tem um blog sabe como é gratificante a alegria de receber "visitas" e o contato com o leitor através dos comentários. As maravilhosas trocas de idéias e as experiências compartilhadas que a arte de blogar proporciona.

E não tem como a gente não valorizar as queridas amizades virtuais que fazemos inclusive através das redes sociais e que surgem naturalmente através de afinidades de gostos e visões e que vão ficando cada vez mais reais com o passar do tempo.  Sem exageros e com os cuidados devidos, acredito que isso pode fazer parte da nossa vida tranquilamente.

CONCLUINDO...

De qualquer forma, na minha visão o ideal seria que conseguíssemos tirar dessa excelente ferramenta chamada Internet o que ela tem de melhor em informação, cultura, divertimento e interação, mas depois sair pra  rua,  passear de mãos dadas, curtir um por-do-sol, abraçar um amigo, namorar e beijar muito a nossa "cara-metade", curtir nossos filhos e ser feliz.

Porque essas doces alegrias da vida real nenhuma tecnologia vai conseguir substituir. A vida é feita de eventos, de desafios, de momentos dolorosos, mas também de momentos mágicos. E temos que vivê-la na maior plenitude possível. 

Afinal, o nosso perfil ainda não foi deletado nesta Terra que é o verdadeiro palco das nossas lutas diárias e dos nossos mais lindos momentos de felicidade. Então que tal parar de desperdiçar o tempo com bobagens virtuais ou não?

Esta é a minha opinião. E você? Concorda?

3 comentários:

  1. A minha participação na internet é toda voltada pra meu blog. Postar, divulgar, pesquisar por notícias. Nesse caminho, é claro que conheço pessoas com as quais crio uma certa afinidade. Mas, sei que ''virtual'' é muito diferente do ''real''.
    Apesar de adorar muitos (alguns, na verdade) amigos virtuais, não acredito que possa ser comparada àqueles amigos que sabemos que estarão do nosso lado quando precisarmos.

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  2. Olá Denize querida!
    Realmente muita gente acaba perdendo tempo com discussões em redes sociais em vez de aproveitar para fazer novas amizades e trocar ideias com pessoas que tem interesses e ideias em comum.
    O bacana das redes, creio eu, é justamente expandir nosso universo de amigos ampliado nossa visão de mundo. Quem usa este poderoso meio para trocar ideias e dialogar creio que pode obter grande satisfação com algumas amizades que conquistará com o tempo. Já quem procura "sucesso instantâneo" (seja lá o que isso signifique... rsrs) ou se promover acaba se decepcionando, pois sempre se sentirá injustiçado (como provavelmente se sente na vida real) se não tiver atendida suas expectativas... como uma crança birrenta. :-)
    Gostei do post minha amiga.
    Abraços, Fernandez.

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  3. Querida amiga, saudades de voce!

    Muito bom este texto que serve de orientação e alerta. Eu fiz otimas amizades virtuais, sinto muito solidariedade, mas sempre é bom ter cuidado. Se não podemos confiar em quem conhecemos ao vivo e a cores, sem nunca poder estar próximo é ainda mais perigoso.

    Eu fazia parte de uma otima rede de noticias e amizades, mas desisti e saí depois de ver tanta briga boba, afinal, cada vez tenho menos tempo util para mim, nao posso gastá-lo de maneira errada.

    Beijos.

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